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Preço do café dispara e atinge maior valor em quase 50 anos

A alta histórica é impulsionada por previsão de que colheitas diminuam devido às mudanças climáticas, incluindo desastres como a seca no Brasil

Por Redação 10 dez 2024, 14h54

O café registrou seu maior preço em quase cinco décadas nos mercados internacionais de commodities nesta terça-feira, 10, um aumento impulsionado por uma crise de oferta em meio a queda na produção global. No centro da história estão as mudanças climáticas e a perspectiva de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos, que já atingem colheitas – inclusive no Brasil.

Os preços do café subiram 5,5% na bolsa de Nova York, atingindo US$ 3,44 por libra-peso na terça-feira, o maior valor desde 1977, quando a chamada “Geada Negra” devastou os cafezais brasileiros.

No decorrer do ano, o valor dos dois tipos de café comercializados no mercado de commodities, o Arábica e o Robusta, registraram altas de quase 70% e mais de 60%, respectivamente, consolidando o grão como uma das commodities mais valorizadas de 2024.

Os consumidores já podem sentir no bolso o aumento nos preços de mercado, visto que a Nestlé, maior produtora de café do mundo, anunciou há duas semanas que continuaria elevando o valor de seu produto.

Crise climática

A alta histórica nos preços foi impulsionada por estimativas de que as colheitas de café diminuam devido aos efeitos do clima extremo e das secas intensas nas plantações dos principais países produtores do grão, como o Brasil e o Vietnã.

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A seca prolongada no Brasil, maior produtor mundial do grão arábica, reduziu drasticamente as estimativas de safra. Segundo a trader Volcafe Ltd., a produção brasileira de café Arábica deve alcançar apenas 34,4 milhões de sacas em 2024, 11 milhões a menos do que o previsto em setembro.

A situação é agravada pela crise climática no Vietnã, principal produtor de café Robusta, onde uma combinação de seca e chuvas intensas prejudicou a colheita.

A escassez global estimada para a temporada 2025-2026 é de 8,5 milhões de sacas, marcando o quinto ano seguido de déficit — algo inédito. 

Especialistas apontam que o desequilíbrio entre oferta e demanda do café continuará sendo influenciado pelas mudanças climáticas, que afetam os principais países produtores (além de Brasil e Vietnã, também entram no rol Colômbia e Indonésia). Enquanto isso, o consumo global de café, impulsionado pelo aumento da comercialização do produto na China, segue em ascensão, agravando ainda mais o desequilíbrio.

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