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Profissional da saúde tira amostra com cotonete para fazer teste para o novo coronavírus de estudante na cidade de Wuhan, na região central da China, nesta quinta-feira (14) — Foto: AFP
Segundo dados do monitoramento da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, mais de 300 mil pessoas já morreram por causa da Covid-19.
O número foi superado nesta quinta-feira (14), cerca de duas semanas depois de a barreira das 200 mil mortes ser ultrapassada. Pelo menos 4,4 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus, mas esse número de diagnósticos reflete apenas uma fração do número real de contaminações, já que muitos países realizam testes apenas em pessoas hospitalizadas.
Lideram a lista com o maior número de mortes provocadas pelos novo coronavírus (Sars-Cov-2): Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha, França e Brasil.
Na quarta-feira (13), o Brasil ultrapassou a França em número de infectados pelo novo coronavírus e se tornou o 6º país do mundo com mais casos da doença.
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Mais de 300 mil mortes por Covid-19 em todo o mundo, segundo painel da universidade Johns Hopkins — Foto: Reprodução/Universidade Johns Hopkins
Nesta quinta-feira o Brasil chegou a 202.918 casos confirmados de Covid-19. As mortes aumentaram: foram registradas 844 nas últimas 24 horas, e o total agora é de 13.993.
Enquanto isso, uma vacina para o novo coronavírus que está sendo acompanhada atentamente ao ser desenvolvida pela Universidade de Oxford pareceu oferecer proteção em um estudo pequeno com seis macacos, um resultado promissor que levou ao início de testes em humanos no final do mês passado, disseram pesquisadores norte-americanos e britânicos nesta quinta-feira (14).
De acordo com os pesquisadores, alguns dos macacos que receberam uma única dose da vacina desenvolveram anticorpos contra o vírus dentro de 14 dias, e todos desenvolveram anticorpos protetores dentro de 28 dias, antes de serem expostos a doses altas do vírus.
Imagem retirada de vídeo mostra voluntário recebendo injeção durante teste de vacina experimental de Covid-19 realizado pela Universidade de Oxford, em 25 de abril — Foto: University of Oxford via AP
Após a exposição, a vacina pareceu evitar danos aos pulmões e impediu o vírus de criar cópias de si mesmo, mas este continuou a se replicar ativamente no nariz.
Na China
A China anunciou nesta quinta-feira (14) que vai intensificar a realização de testes para detectar o novo coronavírus em todo o país. O anúncio ocorre após duas províncias, Jilin e Liaoning, registrarem novos casos de transmissão local.
A imprensa estatal chinesa informou nesta quinta que Wuhan, cidade onde teve início a pandemia de Covid-19, deu início a uma "batalha de 10 dias" para testar todos os 11 milhões de habitantes. Após o fim da quarentena, que durou mais de 70 dias, a cidade voltou a registrar seis casos de transmissão local.
Pelo mundo
Uma crise de saúde mental se avizinha agora que milhões de pessoas de todo o mundo estão cercadas pela morte e pela doença e forçadas ao isolamento, à pobreza e à apreensão resultantes da pandemia de Covid-19, disseram especialistas da Organização Mundial da Saúde, nesta quinta-feira (14).
Antes mesmo de existir, a vacina para a Covid-19 tem gerado desentendimentos entre países e empresas e também grupos contrários à obrigatoriedade de vacinas no mundo. Confira os detalhes dessa história.
Em Portugal, que se destacou pela disciplina na quarentena, o governo preza pela cautela enquanto começa a deixar o confinamento. O Estado de Emergência não vigora desde o dia 2 de maio, mas deu lugar ao Estado de Calamidade, para que o governo possa "puxar o freio", caso a situação volte a piorar.
Um plano de suspensão de medidas restritivas está em vigor. Ao mesmo tempo em que permite maior liberdade, impõe regras para evitar a disseminação da doença. As máscaras, por exemplo, tornaram-se obrigatórias nos transportes públicos e ambientes fechados. Se não forem usadas em metrôs e ônibus, por exemplo, a multa é de até 350 euros (R$ 2,2 mil).
No Reino Unido, o número de mortes pelo coronavírus aumentou em 428 nas últimas 24 horas, totalizando 33.614. É o segundo país com mais óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos. Autoridades britânicas liberaram um teste de anticorpos considerado 100% preciso, informou a imprensa local nesta quinta (14).
A famosa praia de Venice Beach, em Los Angeles, nos Estados Unidos, reabriu para surfistas, nadadores e corredores, após 47 dias fechada por conta da pandemia do coronavírus. Há a instrução, porém, para que as regras de distanciamento social sejam respeitadas.
Em um momento em que muitas partes dos Estados Unidos começam a relaxar as restrições adotadas em resposta ao novo coronavírus, a notícia de que dois funcionários da Casa Branca receberam diagnóstico positivo nos últimos dias vem gerando dúvidas sobre a mensagem do governo americano de que é seguro voltar ao trabalho.
Nesta quinta-feira, Trump declarou em entrevista que pretende utilizar o exército americano para ajudar na propagação da vacina contra o coronavírus quando ela já existir.
Trump vem incentivando governadores a começarem a abandonar quarentenas contra o coronavírus — Foto: Epa/Pool/Via BBC
A Disney chegou a um acordo com sindicatos que representam trabalhadores dos parques temáticos instalados na Flórida sobre medidas de segurança para proteção dos funcionários ao coronavírus, o que remove um dos obstáculos para reabertura dos parques. As medidas incluem máscaras obrigatórias para funcionários e visitantes e respeito a práticas de distanciamento social.
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, reforçou que considera necessário adotar um certificado de imunidade ao novo coronavírus. No entanto, por ora, o plano foi postergado.
Com as 217 mortes nas últimas 24 horas, a Espanha passou da marca de 200 óbitos diários pela primeira vez desde o dia 8 de maio. Já são mais de 27 mil falecimentos pelo coronavírus.
A Alemanha registrou 933 novos casos do coronavírus nas últimas 24 horas. Também foram mais 89 mortes - são mais de 7.700 no total.
O Japão tirou o estado de emergência em 37 das 49 prefeituras do país. Porém, Tóquio e Osaka, as duas maiores cidades, seguem nessa condição.
Uma vacina contra o novo coronavírus deve ser aprovada em cerca de um ano em um cenário otimista, disse nesta quinta-feira (14) a agência que aprova medicamentos para a União Europeia.
A China acusou os Estados Unidos de calúnia, nesta quinta-feira (14), depois que o FBI (Polícia Federal americana) apontou que hackers, pesquisadores e estudantes próximos ao governo chinês roubaram dados sobre tratamentos e vacinas contra o novo coronavírus.
"A China expressa seu descontentamento e sua firme oposição a essas calúnias", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian.
O presidente americano, Donald Trump, depois endureceu sua retórica contra os chineses. O republicano ameaçou cortar os laços bilaterais devido à maneira como Pequim lidou com a pandemia da Covid-19.
Um estudo realizado pelo Instituto Pasteur apontou que 4,4% da população francesa (cerca de 2,8 milhões de pessoas) esteve ou está infectada pelo coronavírus, muito acima dos mais de 178 mil divulgados de maneira oficial. O país registra mais de 27 mil mortes até agora.
A Rússia registrou 9.974 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Essa é a 1ª vez em 12 dias que o país registrou menos de 10 mil novos casos diários. Até esta quinta-feira (14), a Rússia notificou oficialmente 252.245 casos de contaminação pelo novo coronavírus. O país tem o segundo maior número de casos confirmados da doença no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Imagem de Santa Corona disponível na Galeria Nacional da Dinamarca — Foto: By Master of Palazzo Venezia Madonna (Active 1340 - About 1360) - File:Master of Palazzo Venezia Madonna - St. Corona - Google Art Project.jpg, Domínio Público
Padroeira dos madeireiros e dos que buscam ajuda em tempos de dificuldades financeiras, Santa Corona, cujo dia é celebrado em 14 de maio, se tornou também a padroeira da luta contra a pandemia - o nome se assemelha ao do coronavírus, responsável pela Covid-19.
Acredita-se que Santa Corona tenha sido assassinada aos 16 anos, provavelmente na Síria, por professar a fé cristã — o que desagradou os romanos do Século II.

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